O apagão que atingiu cidades de Portugal, Espanha, França, Polônia e Finlândia na manhã deste sábado (27) trouxe não apenas transtornos, como também comparações com a ficção. Nas redes sociais, muitos associaram o episódio ao filme “O Mundo Depois de Nós”, lançado pela Netflix no final de 2023, assim como associações a teorias conspiratórias.
Na produção, uma família vê o mundo se desconectar repentinamente: sem internet, sem telefone e sem televisão, as pessoas ficam isoladas e sem o a qualquer tipo de informação, vivendo em meio a incertezas e rumores. No filme, o colapso da comunicação e da energia elétrica é o início de uma série de eventos que abalam a estrutura social.
A realidade hoje não foi tão extrema, mas chamou atenção. Segundo a REN – Redes Energéticas Nacionais, empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade e gás em Portugal, o apagão decorreu de uma forte oscilação na rede elétrica espanhola. Como Portugal importava energia naquele momento, os sistemas de proteção automáticos das centrais portuguesas foram ativados, provocando a interrupção do serviço.
A semelhança com o enredo do filme estimulou debates sobre a dependência da sociedade moderna não apenas da tecnologia e da energia, mas também da vulnerabilidade criada pela interdependência entre países no fornecimento elétrico. Em hospitais, sistemas de emergência foram acionados, e em muitas cidades houve relatos de dificuldades em transportes e serviços básicos, ilustrando como uma falha elétrica pode rapidamente impactar a vida cotidiana.
Embora o fornecimento de energia esteja sendo gradualmente restabelecido, o episódio serve de alerta para o risco de colapsos em infraestruturas críticas. Tal como retratado em “O Mundo Depois de Nós”, a ausência repentina de comunicação e energia evidencia a fragilidade dos sistemas em que a sociedade atual se apoia.
O apagão desta segunda, mesmo sem o caráter apocalíptico da ficção, mostrou que os efeitos de uma desconexão generalizada podem ir muito além do transtorno momentâneo, levantando questões sobre resiliência, segurança energética e preparação para cenários de crise.
Estrelado por Julia Roberts, Mahershala Ali, Ethan Hawke, Myha’la e Kevin Bacon, o longa levanta uma pergunta essencial: quando o mundo mergulha no caos, em quem ainda é possível confiar? Confira o trailer:
